A sexta edição da Agridoce voltou a ser um sucesso, graças ao voluntariado da população de Cabanelas, em torno do benefício da paróquia. Dois dias a promover a produção local e a homenagear a genética agrícola da freguesia, num evento que é incontonável nesta época do ano, e que integra a programação Na Rota das Colheitas, de Vila Verde.
Em ano de crise, comprovando que quando uma população se une em torno do seu bem mais precioso - neste caso a paróquia - o sucesso acontece, a Agridoce, Feira de Agricultura e Doçaria de Cabanelas reuniu, mais uma vez, bens produzidos, colhidos e cedidos por toda a comunidade.
Animais, frutos, bolos e outros bens de consumo foram distribuídos por bancas temáticas: pão (produzido ao vivo em forno de lenha), legumes, gelados, artesanato, compotas, fumados, sandes, café, doces e o famoso vinho doce, para além da zona de venda de animais de capoeiro (que este ano incluia cachorrinhos), as tasquinhas, com petiscos confecionados na hora, e ainda a exposição de produtos e serviços de empresas locais.
Animais, frutos, bolos e outros bens de consumo foram distribuídos por bancas temáticas: pão (produzido ao vivo em forno de lenha), legumes, gelados, artesanato, compotas, fumados, sandes, café, doces e o famoso vinho doce, para além da zona de venda de animais de capoeiro (que este ano incluia cachorrinhos), as tasquinhas, com petiscos confecionados na hora, e ainda a exposição de produtos e serviços de empresas locais.
Este ano ainda pôde ser visitada a exposição dos mais emblemáticos trabalhos de uma das mais jovens e brilhantes artesãs locais, Joana Fernandes que, com apenas 13 anos, constroi tudo o que a sua imaginação permite recorrendo a rolhas de cortiça.
Natália Pereira e Maria dos Anjos eram as responsáveis pela banca dos legumes, uma das mais vistosas da feira. Como se tudo o que vendessem fosse delas, apregoavam e faziam negócio. "O dinheiro? Vai todo para a paróquia. Não ficamos com nenhum", explicou-nos Natália com um sorriso de satisfação, de dever cumprido.
"Pedimos um euro às pessoas", referiu Inês Lopes, uma das senhoras na tenda de gelados, que enchia com uma bola de uma marca prestigiada o cone feito de bolacha. "Sabemos que fica pouco para a Igreja, mas se pedíssemos mais, também era demais para as pessoas", justificou.
Já Manuel dos Santos é um dos mais antigos voluntários da Feira, responsável pelo capoeiro onde convivem (mais ou menos) pacificamente todos os animais: galos, galinhas, codernizes, patos, gansos, coelhos e outros mais, que a generosidade alheia é sempre bem-vinda, venha em forma de que animal for. "Os maiores são os primeiros a ir, claro. Ao fim do primeiro dia já foi metade vendido", acrescentou, virando o olhar para o capoeiro. Com exemplares com preço simbólico, que chegam aos 20 euros por um galo com mais de 6kg, Manuel dos Santos ressalvou a generosidade dos criadores em ceder os seus animais para esta ação. "No final da feira tem que se leiloar o que sobra. Quem é que ia ficar a tomar conta disto?", questionou reitoricamente.
Tudo pela paróquia
"São 150 voluntários envolvidos, dinamizados pela paróquia e a cada ano que passa o entusiasmo é maior", assinalou o Padre Paulo Sérgio, sucessor na paróquia de Cabanelas do Padre Vitor, mentor desta iniciativa há seis anos atrás. Pelo segundo ano consecutivo, o Padre Paulo assumiu o posto deixado pelo pároco anterior na missão de orientar 'as ovelhas do seu rebanho'. "Este evento é o melhor exemplo de espírito de interajuda e acontece por total dedicação da comunidade a esta causa. Há muito trabalho aqui que não se vê".
As receitas das atividades desenvolvidas revertem totalmente para as "obras na paróquia", referiu o padre, ou seja "conservação e restauro dos bens imóveis, como a igreja e a capela de S. Gens".
Num programa versátil distribuído por dois dias, o ponto alto foi para o Cortejo Etnográfico, lançado na edição do ano passado. "O cortejo é uma forma de retratar as atividades proeminentes e profissões históricas, numa freguesia que é e sempre foi agrícola", defendeu o autarca da freguesia, António Esquível. Profissões como oleiro, sapateiro, lavadeira, madeireiro ou moleiro, e atividades como a malhada do centeio, a espadelada do linho ou a extração do barro dos poços de argila foram recriadas em carros alegóricos, por personagens de carne e osso, desfilados no recinto lotado de curiosos a assistir.
"A agridoce está melhor, de ano para ano. O Sábado foi um dia fantástico! Correu muito bem esta edição. É preciso é incentivar a população a não demobilizar, nem a desmoralizar, pois este evento é obra dela e atrai muita gente de fora à freguesia", salientou António Esquível, presidente da junta local.
O evento contou ainda com a presença da vereadora da cultura, educação e ação social, Júlia Fernandes na tarde de sábado e no domingo com o presidente do Município de Vila Verde, António Vilela, que não deixou de enaltecer "o forte empenho das pessoas no desenvolvimento, não só da Agridoce, como em todas as iniciativa da Rota das Colheitas."
O autarca é um grande entusiasta da Rota e explicou porquê: "Esta programação tem todas as condições para ser um sucesso. Criam-se dinâmicas muito próprias associando aspetos culturais e do mundo agrícola e empresarial. Através da Rota consegue-se promover as produções locais, os produtores e o tecido empresarial."
O autarca é um grande entusiasta da Rota e explicou porquê: "Esta programação tem todas as condições para ser um sucesso. Criam-se dinâmicas muito próprias associando aspetos culturais e do mundo agrícola e empresarial. Através da Rota consegue-se promover as produções locais, os produtores e o tecido empresarial."
O próximo evento Na Rota das Colheitas é uma Desfolhada e Malhada do Milho, em Coucieiro, a 22 de setembro.
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FP
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